Valor residual (chamaremos tabém de VR) é um termo importante para o cálculo da depreciação de ativos. Precisamos entendê-lo bem para acertar todas as questões do Exame de Suficiência e do CNAI sobre o CPC 27.
O Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.
Cálculo da depreciação com valor residual
Para ficar mais fácil, vamos utilizar o exemplo de um carro de uma locadora de veículos.
Um carro novo tem sua mensuração inicial contabilizada por R$ 70.000. Porém, a locadora espera vender o carro antes do final de sua vida útil.
A locadora estima que irá receber pela venda, após as despesas de venda, cerca de R$ 10.000.
Nesse exemplo, esses R$ 10.000 é o VR do ativo imobilizado.
Como calcular o VR?
O VR é calculado assim:
VR = Valor contábil – (depreciação x tempo de utilização).
Valor contábil é o valor do custo do ativo, subtraído de depreciação e perdas por impairment.
Como o valor residual impacta a depreciação?
O valor residual informa que aquele bem ainda terá uma certa capacidade de gerar benefícios futuros. Então não faz sentido depreciar o valor total do bem.
Quando houver valor residual, a contabilização da depreciação deve excluir esse valor da sua base de cálculo. Veja o exemplo abaixo.
| Valor do bem | R$ 70.000 |
| Vida útil (em meses) | 60 |
| Valor residual | R$ 10.000 |
| Depreciação mensal (Valor contábil – VR)/Vida útil | (70.000-10.000)/60 = 1.000 |
Como pode-se ver, o valor residual DIMINUI o valor da depreciação. Ao final dos 60 meses desse bem, ainda haverá um valor contábil de R$ 10.000 que será o valor estimado a se receber pela venda desse bem.
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Valor residual no Exame de Suficiência, CNAI e concursos.
Esse tema aparece dentro de questões sobre o CPC 27 – Ativo imobilizado.
As questões sobre o VR contábil abordam o cálculo da depreciação e o examinador tenta confundir o candidato com questões onde para o correto cálculo da depreciação deve-se retirar o valor residual, assim como foi feito no exemplor anterior.
Veja essa questão, por exemplo:
FCC – 2009 – TRT – 3ª Região (MG) – Técnico Judiciário – Contabilidade
A empresa Fama comprou uma máquina pelo valor de R$ 100.000,00, cujo VR era de R$ 10.000,00 e vida útil estimada de 10 anos. Após o primeiro mês de compra da máquina a empresa
A) creditou Depreciação Acumulada no valor de R$ 833,33 e debitou Máquina no valor de R$ 833,33.
B) debitou Despesa de Depreciação no valor de R$ 750,00 e creditou Máquina no valor de R$ 750,00.
C) debitou Despesa de Depreciação no valor de $ 750,00 e creditou Depreciação Acumulada no valor de R$ 750,00.
D) debitou Despesa de Depreciação no valor de R$ 833,33 e creditou Passivo Circulante no valor de R$ 833,33.
E) debitou Perdas com Máquinas no valor de R$ 833,33 e creditou Máquinas no valor de R$ 833,33.
Resposta: letra C
