Azienda, ou fazenda, é o conjunto de recursos patrimoniais sujeitos a constantes atividades de natureza econômica realizadas pelo elemento humano responsável por ela, conforme definido em contabilidade e economia.
Aziendalismo é uma teoria científica italiana que estabelece a azienda como objeto de estudo da contabilidade.
No Brasil, a azienda foi considerada como objeto de estudo da economia aziendal, uma subdivisão da economia que não teve desenvolvimento significativo.
A palavra “azienda” tem origem italiana, significando “fazenda” ou “empresa”. É um dos primeiros conceitos que os estudantes de contabilidade aprendem: “contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio disponível para as aziendas”. “Fazenda” deriva do latim vulgar português “facenda”, que significa “coisas que devem ser feitas”.
No Brasil, destaca-se o estudo do professor Francisco D’Áuria sobre a visão de Giuseppe Cerboni, muitas vezes confundida pelos estudantes brasileiros.
Cerboni afirmava que as atividades de natureza econômica deveriam estar ligadas ao “pensamento administrativo”, que na verdade tinha uma conotação mais jurídica, indicando ao homem os caminhos do direito e da moral.
Dessa forma, as aziendas eram vistas como entidades econômico-administrativas, com o sentido administrativo atribuído por Cerboni.
Sem essa conotação jurídica, é possível entender a azienda como o equivalente contábil do antigo conceito econômico de organização.
Economistas clássicos, ao definirem os três “fatores econômicos” (capital, terra e trabalho), não conseguiram explicar satisfatoriamente a geração de riquezas, especialmente com o surgimento de grandes corporações mercantis.
Assim, a organização foi introduzida como o quarto fator, e à contabilidade coube medir e explicar o produto econômico de forma sistêmica, considerando a interação entre organização (conjunto de pessoas) e patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações), conforme observado nas teses de Herrmann Jr. e dos contabilistas de influência latina.
Atualmente, a teoria da azienda é pouco discutida na contabilidade aplicada no Brasil, sendo substituída pelos conceitos de gestão adotados pelos contabilistas anglo-americanos.
No entanto, juristas brasileiros que escrevem sobre aspectos empresariais estão cada vez mais utilizando o termo, considerando-o como uma alternativa moderna à antiga expressão “fundo de comércio” e suas variações.
Quanto à classificação da azienda, ela pode ser dividida quanto ao fim:
- Social: não tem fins lucrativos, englobando entidades beneficentes, esportivas, culturais, recreativas, religiosas, entre outras;
- Econômico-social: são entidades sociais cujo objetivo é o crescimento econômico, prestando serviços específicos, como sociedades de pecúlios, aposentadorias e benefícios;
- Econômica: visa ao lucro para benefício próprio, abrangendo diversos exemplos na sociedade moderna.
Quanto aos proprietários, a azienda pode ser:
- Pública: pertencente à coletividade, podendo ser administrada tanto pelo setor público quanto pelo setor privado (através de concessão);
- Particular: pertencente a um indivíduo ou a um grupo restrito de pessoas.
